(225) Sentindo o espelhar interior das imagens sensórias dos deficientes visuais (Parte II).

“MEU SONHO É TOCAR A LINHA DO HORIZONTE”
Esta “bela” e “expressiva” manifestação de “Sensibilidade da Alma”, é do imaginário de Lara Mara, uma deficiente visual de nascença. Vinda do seu “sentir” a escuridão exterior (mas certamente iluminada por suas subjetivas e interiores “matizes sensórias” de espiritualidade), foi um dos destaques da Mostra de Arte de Ricardo Barcellos, realizada em São Paulo, no mês de dezembro de 2015, e por ele idealizada com base em entrevistas com cegos congênitos. Ele explica: “O trabalho é uma investigação sobre como pessoas que nunca enxergaram constroem um mundo sem exposição de imagens.”

Para você que está iniciando a leitura desta mensagem, antecipo o meu convencimento de que para se entender a “subjetividade humana”, devemos aprender muito com os deficientes visuais. Eles sabem reconstruir, por meio das suas sensibilidades, a linguagem dos significados das suas “imagens cognitivas”, das suas “experiências”, dos seus “sentimentos” e “emoções”.

Se este é o nosso primeiro encontro nesta jornada para o “autoconhecimento”, peço que você também leia a proposta de criação deste espaço virtual (mensagem 001). Dela, destaco apenas este meu propósito:

– Com você quero, em sintonia de harmonização com os nossos “estados de alma”, “sentir” a manifestação sensória da subjetividade das nossas “realidades interiores”. Quero favorecer o “autoconhecimento” e, assim, poder melhor “sentir” a nossa a “Sensibilidade da Alma”.

Nesta oportunidade, merecem atenção as seguintes considerações:

1. Cada pessoa é única. Todos nós temos definida a nossa singularidade existencial, em todos os sentidos. Somos nós que construímos e elaboramos os significados cognitivos das representações das nossas “realidades”, sempre de acordo com o modo de vivenciar as nossas experiências. É assim que mostramos a nossa identidade existencial de “Ser Pessoa”, ou a de “Tornar-se Pessoa” de acordo com a contribuição humanista de Carl Rogers através da sua Abordagem Centrada na Pessoa (processo terapêutico que facilita o indivíduo crescer e se modificar, de acordo com a concepção que faz de si mesmo).

2. Como sustentei na primeira mensagem desta série, todas as práticas de “autoconhecimento” são possibilidades de “expansão de consciência”. Sendo assim, em relação ao fluir das nossas inteirações existenciais com o “mundo exterior”, devemos exercitar um permanente e natural estado sensório de “expansão de percepção”. Aliás, talvez tenha sido por isso que o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) defendia que “o mundo é representação” (entenda-se como tudo se mostra para a nossa “consciência”).

Gosto desta explicação do médico Gilberto Katayana, também especialista em terapia regressiva e com formação em Psicologia Transpessoal, publicada na edição 112, Ano IX, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala:

– Poucas pessoas estão conscientes de que experimentamos a vida (o mundo exterior) a partir do nosso mundo interior. A maioria acredita que a forma como percebe o mundo exterior é a única realidade. Assim, acredita que a qualidade de vida depende das mudanças que ocorrerem no mundo exterior e passam uma vida tentando mudar o mundo. Mal sabem que o segredo do sucesso e da felicidade está no despertar consciente para sua realidade interna, para a autoconsciência. A consciência de quem verdadeiramente somos nos proporciona o pleno exercício do poder da escolha: do que queremos, com quem queremos conviver, onde queremos estar e, principalmente, o que queremos fazer, visando o nosso bem-estar e o bem-estar dos outros.

Em seguida, adverte:

– Uma das funções do sistema cérebro/mente é processar adequadamente, atribuindo significados e manifestando comportamentos socialmente aceitos às informações provenientes do meio externo, enviadas pelos órgãos do sentido. Quando isso não acontece, temos as disfunções psíquicas que podem ser de fundo psicopatológico.

De todas as mensagens desta nossa jornada para o “autoconhecimento” (mais de duzentas), foi esta que mais me envolveu por um forte “sentir interior” de “emoção”. Ainda não sei explicar. Penso que também seja, com a criação deste espaço virtual, ensejado por um incansável desejo de querer ajudar meus seguidores descobrir as suas potencialidades de interiorização e, principalmente, as nossas necessidades de “elevação espiritual”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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9 respostas para (225) Sentindo o espelhar interior das imagens sensórias dos deficientes visuais (Parte II).

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